Pan-Cinema Permanente
Pan-Cinema Permanente | de Carlos Nader | 83 min | Brasil
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Lançamento do livro O Ensaio Fílmico ou o cinema à deriva, de Gabriela Almeida
*sessão comentada com Gabriela Almeida
Pan-Cinema Permanente é um documentário sobre o poeta baiano Waly Salomão, para quem a vida era um filme de ficção e a poesia uma ferramenta para desmascarar qualquer pretensão naturalista. Essa convicção influenciou profundamente amigos, como Antonio Cícero, Caetano Veloso e também o diretor deste documentário, Carlos Nader, que filmou Waly por quase 15 anos. Mas como fazer um documentário sobre alguém que acreditava que tudo é ficção?
Assista o trailer:
Carlos Nader nasceu em São Paulo em 1964. Desde 1992 vem dirigindo vídeos que já foram premiados e exibidos por museus, centros culturais e veiculados nos principais canais de TV do planeta. Entretecendo linguagens que vão do documentário clássico à videoarte, Carlos Nader é acima de tudo um ensaísta. Entre seus temas principais estão a questão da identidade, a sensação do tempo e a relação do homem com a câmera.
Filmografia: A Paixão de JL (2014), Homem Comum (2014), Eduardo Coutinho, 7 de outubro (2013), Chelpa Ferro (2009), Pan-Cinema Permanente (2008), Preto e Branco (2004).
Sobre o livro:
Publicado pela editora Alameda (SP), o livro aborda o chamado cinema de ensaio, uma vertente de produção fílmica que vem se popularizando nos últimos 20 anos, derivada do documentário e do ensaio literário. Trata-se do primeiro livro inteiramente dedicado ao tema lançado por um autor brasileiro, o que torna o trabalho pioneiro e reforça sua contribuição aos estudos de cinema no país. O ensaio fílmico se caracteriza pela liberdade no uso da linguagem audiovisual, pelo investimento em uma estética própria, pela exposição da subjetividade dos cineastas e pela possibilidade de exposição de pensamentos e teses nos filmes. Pesquisadores que vêm se dedicando ao seu estudo consideram que se trata de um quarto domínio do cinema (sendo os outros três a ficção, o documentário e o cinema experimental). Fazem parte dessa classificação filmes como Santiago e No Intenso Agora, ambos de João Moreira Salles; Diário de uma busca, de Flávia Castro; Pan-Cinema Permamente, de Carlos Nader, bem como trabalhos recentes dos franceses Jean-Luc Godard (como Adeus à Linguagem e Filme Socialismo) e Agnès Varda (a exemplo de Os catadores e eu e As praias de Agnès). O livro teve origem na tese de doutorado de Gabriela, defendida no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação da UFRGS, e é resultado de quatro anos de pesquisa e escrita, incluindo um período de estudos em 2014 na Universitat Autònoma de Barcelona (UAB), na Espanha.
Sobre a autora:
Gabriela Almeida é Doutora em Comunicação e Informação pela UFRGS, com estágio na Universidad Autónoma de Barcelona. Mestre em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela UFBA e Graduada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pelo Centro Universitário Estácio/BA. Atualmente é professora e coordenadora adjunta do curso de Jornalismo da ULBRA, onde coordena o projeto de extensão em Cinema e Direitos Humanos Cine Diversidade. Como pesquisadora e docente, atua na área de Comunicação, com ênfase em Audiovisual, e sua pesquisa tem como temas: cinema não-ficcional, ensaio fílmico e interseções entre cinema e artes visuais.
Autora de O ensaio fílmico – ou o cinema à deriva, editora Alameda, 2018.
Pan-Cinema Permanente integra o programa de cinema paralelo às exposição Iberê Camargo: formas em movimento e Caixa Preta, e tem curadoria de Marta Biavaschi.
Sessão única | entrada gratuita (por ordem de chegada)
Agradecimentos especiais: Gabriela Almeida e Carlos Nader
Classificação indicativa 10 anos