“Tabu”, de F. W. Murnau
A primeira exibição do Cine Iberê em 2019, apresenta uma sessão especial de cinema mudo com música ao vivo, composta e executada por Yanto Laitano.
Tabu (1h20min, 1931, EUA), de F.W. Murnau é uma fábula sobre desejo e liberdade. Dividido em duas partes – Paraíso e Paraíso Perdido – a obra revela fusão entre o natural e o sobrenatural em uma história trágica de amor. Uma mescla também do expressionismo alemão de seu diretor F.W. Murnau e da expressão lírica de Robert J. Flaherty, coautor do argumento do filme. Em Tabu, Murnau realiza uma ruptura na sua forma usual de expressão estética, utilizada nos seus filmes anteriores. O filme recebeu Oscar de Fotografia.
Numa ilha paradisíaca do Pacífico Sul, o amor impossível entre Reri e Matahi. A jovem virgem Reri é prometida aos deuses pelo velho feiticeiro da tribo, o que a torna um tabu para os homens. Matahi, o jovem pescador, não se conforma com esta proibição do seu romance com Reri, eles se amam. Decidem fugir e viver juntos longe da tribo. Quando descobertos, Reri entrega-se em troca de liberdade para seu amado. Matahi rebela-se etenta resgatar sua amada das amarras do destino.
F. W. Murnau (1888-1931), foi um dos mais importantes realizadores do cinema mudo, do cinema expressionista alemão e do movimento Kammerspiel. Seu filme Nosferatu (1922) é um dos mais cultuados da história do cinema mundial. Outros dois de seus filmes mais conhecidos são A última gargalhada (1924) e Fausto (1926). Em 1926, muda-se para os EUA e em Hollywood realiza Aurora (1927) e City Girl (1930). Tabu (1931) é seu primeiro e último filme independente filmado nos mares do sul, enquanto vivia nos EUA. Sua filmografia: O garoto vestido de azul (1919), Nosferatu (1922), A última gargalhada (1924), Herr Tartüff (1925), Fausto (1926), Aurora (1927), City Girl (1930) e Tabu (1931).
Yanto Laitano é pianista, compositor, cantor e produtor. Graduado e Mestre em Música pela UFRGS, suas atividades artísticas abrangem a música erudita contemporânea, eletrônica, diversos gêneros da música popular, sobretudo o rock, música indígena e música para cena. Estudou no IRCAM, Institut de Recherches et Coordination Acoustique/Musique, em Paris e no Hungarofest, em Szombathely (Hungria) e possui composições apresentadas em dez países das Américas e da Europa e uma composição lançada pela revista Guitar Review, de Nova York, em 2006. É compositor de trilhas sonoras para audiovisuais e espetáculos de teatro, dança e circo, com prêmios no 27º Festival de Cinema de Gramado, Histórias Curtas (RBS, 2007), Tibicuera (2015), pelo seu espetáculo Orquestra de Brinquedos, além de oito Açorianos de Música, seis por suas produções e dois individuais. Sua discografia inclui dois discos com o Ex-Machina, grupo de compositores de música experimental e o álbum conceitual Yantux, seu quinto disco, lançado em dezembro de 2017.
Tabu integra o programa de cinema mudo com música ao vivo, em diálogo com a exposição Cecily Brown – Se o paraíso fosse assim tão bom, e tem curadoria de Marta Biavaschi.
Sessão única | entrada gratuita
Agradecimento especial: Yanto Laitano
Classificação indicativa 14 anos