“Um Homem com uma Câmera”, de Dziga Vertov
No domingo, 5 de maio, apresentamos mais uma sessão de cinema mudo com música ao vivo. Um Homem com uma Câmera (1h7min, 1929, URSS), de Dziga Vertov, será exibido no Cine Iberê com música composta e executada ao vivo por Vagner Cunha, com participação especial do maestro Antônio Borges-Cunha.
Um Homem com uma Câmera é um filme-ícone do cinema documental e experimental, muito influente na história do cinema mundial. É a experimentação cinematográfica do que Diziga Vertov chamava de cine-olho, realizado com diferentes procedimentos cinematográficos, como alteração de velocidade da câmera, stills, telas divididas, entre outros. Influenciado pelo futurismo e pelo construtivismo, o filme dialoga com a arquitetura e se afirma como um filme-tese sobre o cinema, um meta-cinema.
Diziga Vertov (1896- 1954) é cineasta, documentarista e jornalista russo, considerado o realizador precursor do cinema-verdade. Sua primeira obra cinematográfica – o cinejornal Kinonedelia (1918). Contemporâneo de Einstein, Diziga Vertov fundou o movimento cine-olho, em 1923. A partir do olho, a realidade-sensação do mundo, sem a representação, sem a dramatizacão.
Sua filmografia, entre outras obras: Kinonedelia (1918), O aniversário da Revolução (1919), A batalha de Tsaritsin (1920), Kinopravda (1922-25), A sexta parte do mundo (1926), O décimo primeiro ano (1927-28), Um homem com uma câmera (1929), Três cânticos para Lenin (1934), Canção de ninar (1937), Três heroínas (1938).
Um Homem com uma Câmera integra o programa Silêncio em Movimento – cinema mudo com música ao vivo, em diálogo com FestFoto 2019, e tem curadoria de Marta Biavaschi.
Sessão única | entrada gratuita (por ordem de chegada)
Agradecimento especial: Vagner Cunha
Classificação indicativa 12 anos