sem título, c.1960
grafite e nanquim sobre papel
22 x 16,8 cm
Acervo Fundação Iberê

Tombo D0329

Foto © Rômulo Fialdini

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“Mas acontece que eu, em certo momento da minha vida, da minha obra, tomei como modelo o carretel, que é uma forma por si geométrica. Eu colocava o carretel sobre uma mesa assim como faz um pintor de naturezas-mortas, que colocava antes umas laranjinhas, frutinhas, uns bules, umas coisas, objetos, tudo aquilo que tinha no ateliê. Em dado momento eu incorporei esse carretel e depois apenas o carretel passou a ser modelo. Aí então tinha a mesa. Depois a mesa desapareceu e o último resquício da mesa era apenas a linha horizontal. E finalmente desapareceram os carretéis. Perderam a intensidade, o peso, um certo realismo e levitaram.”

COCCHIARALE, Fernando; GEIGER, Anna Bella. Abstracionismo geométrico e informal, a vanguarda brasileira nos anos cinqüenta. Rio de Janeiro: Funarte, 2004. p. 181-182.