À beira do rio Jaguari, 1941
grafite sobre papel
27,2 x 22,1 cm
Acervo Fundação Iberê
Tombo D1809
Foto © Fabio Del Re_VivaFoto
“Há formas que são melhores condutos, que servem melhor aos nossos fins. Eu sou levado com mais facilidade à expressão de um drama, de um vazio, diante de uma árvore esgalhada, de inverno, do que se eu apanhasse uma árvore frondosa. Seria bem difícil despolpar todas aquelas folhas. Essa árvore não serve no meu jardim, não serve no meu paraíso. Eu faço uma escolha, procurando no modelo aquilo que ele pode dar. Não tenho uma idéia preconcebida mas quando encontro a figura, ela revela esse aspecto grotesco, não é uma coisa gratuita, a coisa está lá também. Essa associação de meu sentimento, e é muito difícil discernir o que sou eu e o que está fora, não sei se é uma visão que eu tenho ou se aquilo existe de fato.”
LAGNADO, Lisette. Conversações com Iberê Camargo. São Paulo: Iluminuras, 1994. p. 30. (Fala de Iberê Camargo).