O Fabuloso Universo de Tomo Koizumi
A Fundação Iberê, em uma parceria inédita com a Japan House São Paulo, inaugura, no próximo sábado (1º), a exposição “O fabuloso universo de Tomo Koizumi”. A mostra propõe uma perspectiva da moda contemporânea sob o olhar de um artista que foge das tendências tradicionais e ousa com suas peças marcantes. Serão apresentadas treze surpreendentes criações do jovem estilista Tomo Koizumi, revelação na semana de moda de Nova Iorque de 2019 e que vem conquistando respeito e admiração no mundo fashion. O designer se destaca por criações famosas pelo encantamento, em produções únicas feitas com 50m a 200m de organza japonesa cada uma, de cores e volumes extravagantes, que representam o seu universo recheado de referências nas artes tradicionais e na cultura pop japonesa. Com o apoio do Consulado Geral do Japão em Porto Alegre, a iniciativa de apresentar os trabalhos de Tomo Koizumi na capital gaúcha acontece em função do projeto de itinerância da instituição nipônica, iniciado este ano por meio de colaborações com as principais organizações culturais do país.
Nascido na província de Chiba, há 32 anos, Tomo foi descoberto pelo dono de uma loja de varejo, que ficou encantado pelas roupas produzidas por ele, ainda quando era estudante universitário. Fundou, então, a sua marca “Tomo Koizumi” e, antes da ascensão ao mundo da alta costura internacional, trabalhou como figurinista para diversos designers japoneses. Em 2016, teve uma de suas peças usada por Lady Gaga durante uma visita ao Japão. No final de 2018, sua carreira decolou quando seu perfil no Instagram foi descoberto por Katie Grand (na época, editora-chefe da revista inglesa LOVE), que ficou fascinada por seu trabalho, orquestrando um desfile na semana de moda de Nova Iorque (2019) com apoio de Marc Jacobs e de um grande time de peso. Tomo Koizumi levou à passarela seus vestidos volumosos e coloridos, surpreendendo o público e tornando-se destaque nos principais veículos de imprensa e nas redes sociais de todo o mundo.
A exposição individual revela a essência do olhar de Tomo Koizumi, por meio de dez peças icônicas das coleções de 2019 e 2020 do estilista. Para a mostra no Brasil, foram criadas também três peças exclusivas, mesclando referências do nosso Carnaval e dos quimonos tradicionais japoneses. Além disso, a exposição conta com um vídeo do último desfile, realizado na Tokyo Fashion Week, permitindo ao visitante vislumbrar a força e a dramaticidade que é vestir uma peça do estilista. Por fim, recortes íntimos da sua carreira e do seu processo criativo estão presentes no espaço expositivo em um mural, que contém desde imagens de referência que serviram de inspiração para as suas coleções, até fotos pessoais feitas pelo artista nos últimos anos. “Tomo Koizumi é extravagante, surpreendente, criativo, vibrante. Suas peças são o perfeito encontro da intimidade do trabalho manual ao glamour, sofisticação e teatralidade. Para cria-las, bebe e mescla fontes tradicionais e populares do Japão como os mangás, robôs e o estilo Lolita”, comenta Natasha Barzaghi Geenen, Diretora Cultural da Japan House São Paulo e curadora da mostra, que conta com projeto expográfico do escritório Metro Arquitetos.
Sediada na Avenida Paulista, a Japan House São Paulo é uma instituição que apresenta e difunde a cultura japonesa em suas diversas vertentes e, nesta nova fase institucional, ressalta como um dos objetivos a expansão geográfica como uma plataforma de integração para o Brasil e toda América Latina.
Destinada para todas as idades e com recursos de acessibilidade como libras e audiodescrição, a exposição “O fabuloso universo de Tomo Koizumi” promete cativar tanto os amantes da moda como o público em geral, atraídos pelo olhar de um jovem artista que foge das tendências tradicionais e ousa em cada corte de tecido. Finalista do prêmio LVMH em fevereiro de 2020, Tomo é considerado hoje um dos principais jovens designers do Japão e do mundo, não só por criar vestidos disputados por celebridades internacionais para eventos de gala e red carpet, mas também por ousar em peças que são verdadeiras obras de arte.