A cidade como grande espaço educador
Nesta quarta-feira (1º), a Fundação Iberê foi a anfitriã do encontro Mobilização Projeto POA Cidade Educadora, um dos vários planos do Pacto Alegre, iniciativa que une instituições de ensino, poder público, iniciativa privada e sociedade civil para estimular o empreendedorismo colaborativo em Porto Alegre. Participaram do evento os secretários municipais da Educação Janaina Audino e da Transparência e Controladoria Gustavo Ferenci e Josep Piqué, mentor do projeto 22@ de Barcelona e um dos responsáveis pela formatação do Pacto.
“O Pacto é um dos melhores mecanismos para articular o ecossistema de inovação da cidade. Quando a pandemia chegou, já havia muitas tecnologias disponíveis. O que fez foi acelerar a adoção. Agora, precisamos nos preparar para o pós-covid. Não vamos voltar para o mundo que existia antes. Incorporamos novas culturas, novas formas de fazer tudo, mais digitais. O mundo do futuro será híbrido. Vamos viver na nuvem, mas vamos trabalhar e viver também em outros lugares na terra”, disse Piqué em entrevista à jornalista Marta Sfredo, de Zero Hora.
O Cidades Educadoras começou como um movimento, em 1990, com base no I Congresso Internacional de Cidades Educadoras, realizado em Barcelona, quando um grupo de cidades representadas por seus governos locais pactuou o objetivo comum de trabalhar juntas em projetos e atividades para melhorar a qualidade de vida dos habitantes, a partir da sua participação ativa na utilização e evolução da própria cidade e de acordo com a carta aprovada das Cidades Educadoras: trabalhar a escola como espaço comunitário; trabalhar a cidade como grande espaço educador; aprender na cidade, com a cidade e com as pessoas; valorizar o aprendizado vivencial e priorizar a formação de valores.
Na quinta (2), será realizada, no Plaza São Rafael, uma reunião plenária de apresentação de relatos do andamento de projetos, a relação de novos participantes e a posição dos novos projetos estratégicos.
Iberê Inova
Em 2020, a Fundação se uniu ao Pacto Alegre com a proposta de integrar educação e tecnologia em ações práticas de arte e cultura. Intitulado Iberê Inova, o projeto pretende aprimorar a qualidade do atendimento ao público visitante por meio da transformação digital; qualificar o espaço escolar, promovendo a consciência sobre arte e cultura através da tecnologia educacional; buscar soluções inovadores que estreitem os desafios da acessibilidade, ampliando a comunicação para deficientes visuais e auditivos (realidade virtual e mediação digital); e usar a tecnologia como ferramenta de transmissão de informação e conhecimento, otimizando a catalogação do acervo e ampliando o acesso à obra do artista.