34ª Bienal de São Paulo apresenta painel de Carmela Gross produzido no Ateliê de Gravura da Fundação Iberê
A 34ª Bienal de São Paulo abre neste sábado (4), no Parque Ibirapuera, em São Paulo, com obras de mais de 80 nomes consagrados da arte contemporânea, como Antonio Dias (1944-2018), Lygia Pape (1927-2004), Lasar Segall (1889-1957) e Carmela Gross, que apresenta ‘Boca do Inferno’, um grande painel de 30 metros de comprimento por 6 metros de altura, formado por 160 monotipias em torno da imagem de vulcões. “Elas remetem à ideia de vulcão, de explosão e de grande impacto, da terra que se convulsiona e que fica carbonizada quando traduzida no preto”, explica a artista.
No final do ano passado, Carmela passou duas semanas na Fundação Iberê preparando, com o auxílio do artista Eduardo Haesbaert, responsável pelo Ateliê de Gravura, as 160 monotipias. “Carmela trabalhou intensamente durante esse período, foi impressionante, era uma atrás da outra. Foram centenas de monotipias em formato grande para o metal. Ela fez também sobre seda, tecido, ficou translúcida. Essas formas de vulcão têm uma concentração na forma e no gesto dela, do traço, que deixa aquilo pulsante, então parece mesmo que vai explodir”, comenta Haesbaert.