Amilcar de Castro

(Paraisópolis, MG, 1920 – Belo Horizonte, 2002)

Escultor, gravador, desenhista, diagramador, cenógrafo e professor. Mudou-se com a família para Belo Horizonte em 1935, e estudou na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), de 1941 a 1945. A partir de 1944, frequentou curso livre de desenho e pintura com Guignard, na Escola de Belas Artes de Belo Horizonte, e estudou escultura figurativa com Franz Weissmann. Em 1952, mudou-se para o Rio de Janeiro e trabalhou como diagramador em diversos periódicos, destacando-se a reforma gráfica que realizou no Jornal do Brasil. Depois de entrar em contato com a obra do suíço Max Bill, realizou sua primeira escultura construtiva, exposta na 2ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1953. Participou de exposições do grupo concretista, no Rio de Janeiro e em São Paulo, em 1956, e assinou o Manifesto Neoconcreto em 1959. No ano seguinte, participou em Zurique da Mostra Internacional de Arte Concreta, organizada por Max Bill. Em 1968, foi para os Estados Unidos, conjugando bolsa de estudo da Guggenheim Memorial Foundation com o prêmio de viagem ao exterior obtido na edição de 1967 do Salão Nacional de Arte Moderna. De volta ao Brasil, em 1971, fixou residência em Belo Horizonte. Tornou-se professor de composição e escultura da Escola Guignard, na qual trabalhou até 1977, inclusive como diretor. Lecionou na Faculdade de Belas Artes da UFMG, entre as décadas de 1970 e 1980. Em 1990, aposentou-se da docência e passou a dedicar-se com exclusividade à atividade artística.

 

Imagem: Amilcar de Castro no antigo Ateliê de Gravura da Fundação Iberê. Foto © Acervo Documental Fundação Iberê