Iberê no seu ateliê da rua das Palmeiras, com a pintura “Estrutura 2” ao fundo, Rio de Janeiro, 1961.
Acervo Documental Fundação Iberê Camargo
Tombo F7073
“Mas acontece que eu, em certo momento da minha vida, da minha obra, tomei como modelo o carretel, que é uma forma por si geométrica. Eu colocava o carretel sobre uma mesa assim como faz um pintor de naturezas-mortas, que colocava antes umas laranjinhas, frutinhas, uns bules, umas coisas, objetos, tudo aquilo que tinha no ateliê. Em dado momento eu incorporei esse carretel e depois apenas o carretel passou a ser modelo. Aí então tinha a mesa. Depois a mesa desapareceu e o último resquício da mesa era apenas a linha horizontal. E finalmente desapareceram os carretéis. Perderam a intensidade, o peso, um certo realismo e levitaram.”
COCCHIARALE, Fernando; GEIGER, Anna Bella. Abstracionismo geométrico e informal, a vanguarda brasileira nos anos cinqüenta. Rio de Janeiro: Funarte, 2004. p. 181-182. (Fala de Iberê Camargo).