Iberê e detentos da Penitenciária de Porto Alegre, durante curso de pintura ministrado pelo artista, ano de 1970.
Acervo Documental da Fundação Iberê Camargo
Tombo S0604
“Minha presença como professor na penitenciária de Porto Alegre teve um caráter exclusivamente filantrópico. Procurei libertar os meus alunos presidiários pela fantasia. Eu os orientava sem submetê-los a nenhuma disciplina ortodoxa. Incentivava-os a trabalhar com espontaneidade, com a liberdade da criança. Reprimir-lhes a criatividade com regras seria encarcerá-los pela segunda vez. Aprendi nessa experiência humana que só a sinceridade da nossa dádiva pode tocar um coração em revolta.”
CAMARGO, Iberê. Minha paixão pelo lápis de cor e caderno de desenho. Rio de Janeiro, maio de 1979. (Entrevista para Pierre Courthion).