O painel, produzido por Iberê Camargo, no prédio da Organização Mundial da Saúde, em 1966.

Acervo Documental da Fundação Iberê Camargo

Tombo S1051

“Ninguém discordaria que as obras de grandes dimensões produzidas pelo artista a partir de 1960 eram um acontecimento inaugural na história da pintura brasileira, pela desenvoltura sóbria dos gestos, pela escala ambiental que reclamavam, fazendo supor o pintor dialogando com o espaço, num intenso vai e vem em face das telas. Além disso, diferentemente da voga tachista que dava o tom no meio artístico brasileiro, eram pinturas que guardavam, sob superfícies de tons sombrios e quentes, um travejamento de camadas e camadas de matéria meticulosamente soldadas entre si (em um cifrado diálogo, talvez, com a pintura construtiva…), o que permite supor a precoce vocação pública dessa obra, como se já se endereçasse aos espaços anônimos das grandes cidades e pressupusesse um observador inexoravelmente à distância.”
SALZSTEIN, Sônia (org.). Diálogos com Iberê Camargo. São Paulo: Cosac Naify, 2003. p. 50.

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