EDITAL IBERÊ/CMPC – Como foram os dias de residência da artista Camila Elis no Ateliê de Gravura da Fundação Iberê

13.set.23

“A residência artística na Fundação Iberê foi significativa em meu processo de criação. Houve uma mudança em de pensamento ao experimentar todo aquele ambiente. Me pegando completamente de surpresa, pois eu não tinha conhecimento da dimensão que um pensamento arquitetônico tem nos movimentos enquanto habite e vive o espaço. A arquitetura de Álvaro Siza influenciou meu processo. As curvas do prédio, as subidas e as descidas lentas e a maneira como o som se propagava me conectou sensivelmente ao conjunto de sua obra.

Utilizar a prensa que pertenceu a Iberê e estar no ambiente que tantas outras pessoas, mentes e sensibilidades poéticas da arte brasileira povoaram meu pensamento enquanto produzia, como Carmela Gross e Iole de Freitas, referências em meu projeto. Eduardo Haesbaert, como interlocutor, me contando das passagens de grandes artistas pelo ateliê, também foi marcante.

Me concentrei em estudar o que é uma mancha e o que contém nela: as transparências, as escalas, os movimentos, o que a mancha tem de memória e o controle dela. Junto com Hasbaert e seu assistente Jonathas Rosa, utilizei materiais que complexificaram a dimensão dessa mancha, trabalhamos as possibilidades da tinta e as camadas possíveis.

Enfim, o dia a dia, as mãos de presentes nesse processo e as conversas com foram revolucionários. Estou muito feliz e grata pela oportunidade e pelas relações construídas.”

Camila Elis
Bolsista do Ateliê de Gravura
Edital Iberê/CMPC 2023

 

chevron-right chevron-left