Paulo Pasta: a pintura é que é isto

Curadoria

Tadeu Chiarelli

07.jun

18.ago.13

O crítico Ronaldo Brito, no texto “O moderno e o contemporâneo (o novo e o outro novo)”, escreve que, no início do século passado, diante da nova produção artística que então se processava, surgia a “inevitável pergunta: isto é arte? Não, senhoras e senhores, a arte é que é isto. Qualquer isto. Um isto problemático, reflexivo, que é necessário interrogar e decifrar”.

Para o autor, a arte naquele período passava por tal transformação que os paradigmas que orientavam as vertentes principais da arte ocidental foram pulverizados. A partir dessa nova realidade, e no limite, cada obra de cada artista tenderia a constituir seus paradigmas e, a partir daí, se configuraria como uma demonstração (quase sempre crítica) do que era a arte ou do que a arte poderia ser.

Essas considerações sobre o texto de Brito despontaram por ocasião do exame da produção mais recente de Paulo Pasta, durante o processo de escolha das obras que acabariam por constituir esta exposição. “A pintura é que é isto”, parece proferir todas e cada uma das obras apresentadas na mostra, e tal postura obriga o observador a se interrogar sobre a produção do artista, no território mais geral da crise da pintura na atualidade.

Tadeu Chiarelli

 

Imagem: Vista parcial da exposição “Paulo Pasta: a pintura é que é isto”, que esteve em cartaz na Fundação Iberê Camargo de 07 de junho a 18 de agosto de 2013. Foto © Fabio Del Re_VivaFoto

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