Fundação Iberê está com inscrições abertas para oficinas de guache, fotografia digital e bordado

07.jan.25

Entre os dias 12 e 26 de janeiro, a Fundação Iberê promove uma série de atividades gratuitas para todas as idades. Além das oficinas de oficinas de guache, fotografia digital e bordado, no dia 19 de janeiro (domingo), a Fundação apresenta o espetáculo infantil “Kuumba conta Anansi e o Baú de Histórias”, com Mayura Matos.

Kuumba, que significa criatividade na língua Swahili e um dos princípios do Kwaanzar, é uma viajante do tempo que leva e traz histórias necessárias para que o povo as ouça. Neste momento, ela contará como Anansi e sua esposa, Aso, conseguiram conquistar as primeiras histórias de Nyame, o deus do céu.

A peça, dirigida e encenada por Mayura, foi desenvolvida com base nos valores civilizatórios afro-brasileiros, organizados por Azoilda Loretto Trindade para a educação infantil. Além de trazer cultura e ludicidade às crianças, o espetáculo tem como objetivo difundir esses valores na prática, assim como aplicar a Lei 10.639, sancionada em janeiro de 2003, que tornou obrigatória a inclusão da temática História e Cultura Afro-Brasileira no currículo da Rede de Ensino, no campo das artes cênicas.

PROGRAMAÇÃO
Águas que Desenham: Oficina de guache lavada
12 de janeiro | Domingo | 15h às 17h
Ministrante:
Programa Educativo
Local: Espaço Educativo
Faixa etária:
 a partir de 10 anos
Inscrições gratuitas AQUI
A oficina propõe uma imersão no universo das obras de Iberê Camargo, utilizando a técnica experimental de guache lavada. Inspirados pela relação profunda do artista com as águas, os participantes irão explorar a mistura de guache branca e tinta nanquim para criar composições poéticas em preto e branco, além de outras cores que evocam a dinâmica entre o elemento líquido e suas transformações visuais. A técnica do guache lavada, aliada ao movimento da água, refletirá sobre a transformação das paisagens e o futuro da preservação ambiental com um olhar poético e crítico.

Oficina de fotografia digital no Cisne Branco
15 de janeiro | Quarta-feira | 15h às 17h
Local: Barco Cisne Branco (
Avenida Mauá, 1050 – Armazém B3)
Ministrante: Leandro Selister
Faixa etária:
 a partir de 7 anos
Inscrições gratuitas AQUI 
O Educativo da Fundação Iberê convida o público para uma oficina de fotografia digital a bordo do barco Cisne Branco, buscando inspiração no Guaíba de Iberê. O objetivo é buscar insights de criação, não apenas na bela paisagem do rio ou das margens, mas também nos detalhes que a própria embarcação oferece, permitindo um diálogo entre o dentro e o fora, explorando os jogos de luzes e sombras possíveis.

Espetáculo Kuumba conta Histórias
19 de janeiro | Domingo | 16h às 17h

Local: Átrio
Número de participantes: até 50 participantes por ordem de chegada
Faixa etária: Livre

Oficina de bordado: Cada conto aumenta um ponto
25 de janeiro | Sábado | 15h às 17h
Ministrantes:
Roberta Scharcow e Érica Saraiva
Local: Espaço Educativo
Número de participantes:
15 participantes
Faixa etária: a partir de 12 anos
Inscrições gratuitas AQUI
A atividade dialoga com a mostra itinerante da 35ª Bienal de São Paulo a partir da poética de Rosana Paulino. A artista concebe a prática do bordado como encantamento, ou tal como Paulino antecipa, ato de se refazer. A roda de conversa com bordado tem como objetivo “costurar” as experiências pessoais dos participantes a partir da pergunta “O que te enraíza no presente?” para a criação de patuás.

Sobre Rosa Paulino (São Paulo, Brasil, 1967. Vive em São Paulo) – Artista visual, pesquisadora e educadora, com doutorado em artes visuais pela Universidade de São Paulo e especialização em gravura pelo London Print Studio, Rosana Paulino surge no cenário artístico nos anos 1990 e se distingue, desde o início de sua prática, como voz única de sua própria geração. Sua produção aborda situações decorrentes do racismo e dos estigmas deixados pela escravidão que circundam a condição da mulher negra na sociedade brasileira, bem como os diversos tipos de violência sofridos por esta população.

Embora acredite não se encaixar nos padrões ocidentais, ela vem abrindo caminho para uma nova geração de artistas afrodiaspóricos que ganha cada vez mais espaço nas instituições no Brasil e no mundo. Nesse percurso, também se têm multiplicado as reivindicações por presenças mais diversas no meio da arte em geral. Afinal, por muito tempo ser artista significou distinção social, refletindo privilégios de classe, raça e gênero.

A artista nasceu e cresceu na Freguesia do Ó e, anos depois, mudou-se para Pirituba, um bairro vizinho. Foi na casa da família, na Freguesia, que aprendeu com a mãe a costurar, habilidade que levou para seu ofício, algo visto em trabalhos emblemáticos, como Parede da Memória (1994), que ela considera como obra inaugural de sua carreira. Ali, aparecem fotografias de familiares da artista, impressas em patuás, amuletos de religiões de matriz africana.

Mediação especial à exposição Iberê Camargo – Território das Águas
26 de janeiro | Domingo | 16h
Número de participantes:
Livre
Faixa etária: Livre
Atividade sem inscrição prévia
Durante a “mediação temática: o território é das águas”, o Programa Educativo da Fundação Iberê propõe uma conversa em torno dos corpos d’água da vida de Iberê Camargo que banham as cidades de Jaguari, como o rio Jaguari, o arroio dilúvio e, principalmente, o Guaíba, que olha para as margens da cidade de Porto Alegre.

O recorte das obras contempladas na exposição Iberê Camargo: território das águas são pinturas de paisagens do início dos anos 1940, do chamado período de formação do artista, que começa em 1936 com sua chegada a Porto Alegre até sua partida para o Rio de Janeiro em 1942.

Iberê Camargo – Território das Águas, que tem curadoria Blanca Brites e Gustavo Possamai, fica em cartaz até o dia 23 de fevereiro.