Fundação Iberê passa a abrir gratuitamente às quintas-feiras

23.jun.21

Público poderá visitar a exposição do designer japonês Tomo Koizumi, prorrogada até 11 de julho

A Fundação Iberê está abrindo suas portas, gratuitamente, todas as quintas-feiras, das 14h às 18h, para visitação. Excepcionalmente, nestes dias, não é necessário agendamento; a entrada será por ordem de chegada e em cumprimento aos protocolos sanitários vigentes. Obrigatório o uso de máscara, a medição de temperatura e o distanciamento social.

Segundo o diretor-superintendente Emilio Kalil, esta abertura gradual e gratuita às quintas-feiras é uma oportunidade para que todos os públicos explorem a arte e a arquitetura da Fundação, que, atualmente, está com todos os andares ocupados com exposições de artistas de renome internacional.

O fabuloso universo de Tomo Koizumi até 11 de julho
Devido ao grande sucesso, a exposição do designer japonês Tomo Koizumi foi prorrogada até 11 de julho. A mostra, que tem a curadoria de Natasha Barzaghi Geenen, diretora cultural da Japan House São Paulo, apresenta treze produções únicas feitas com 50m a 200m de organza japonesa cada uma, de cores e volumes extravagantes, que representam o seu universo recheado de referências nas artes tradicionais e na cultura pop japonesa. Entre os vestidos, uma réplica do usado por Lady Gaga, em 2016, em uma visita ao país oriental, e outras três peças criadas especialmente para a exposição Brasil, que mesclam referências do nosso carnaval.

MAIS EXPOSIÇÕES
Modelar no tempo: Iberê e a moda
Artista: Iberê Camargo
Átrio da Fundação Iberê
Visitação: até 11 de julho
Em diálogo com a exposição de vestidos de Tomo Koizumi, a Fundação Iberê revela o “passeio” do pintor gaúcho pelo cenário da moda através de obras e documentos do acervo da instituição. Modelar no tempo: Iberê e a moda apresenta, como uma pesquisa em andamento, oito estudos de figurinos, em guache, para o balé As Icamiabas (1959), outros seis estudos para a série Manequins e reproduções de fotos, jornais e editoriais de moda para revistas. A mostra é complementada por um conjunto de vestido e bolero com a primeira estampa assinada por Iberê, em 1963, para a empresa francesa de fibras sintéticas Rhodia, e que pertenceu a Maria Coussirat Camargo, esposa do artista.

O Gesto Crispado
Artista: Arnaldo de Melo
Terceiro andar da Fundação Iberê
Visitação: até 25 de julho
Pela primeira vez na Fundação Iberê, Arnaldo de Melo revela vinte e seis pinturas de grandes dimensões, a maioria realizada em 2019, e outras tão expressivas produzidas nos anos 1980, quando viveu em Nova York e em Berlim. O Gesto Crispado foi minuciosamente pensado para acompanhar os ambientes projetados pelo arquiteto português Álvaro Siza, de forma a usufruir de suas perspectivas abertas, voltadas ao vão livre interno e aos visitantes que chegam ao terceiro piso através das rampas.

Um rio que passa
Artista: Eduardo Haesbaert
Segundo andar da Fundação Iberê
Visitação: até 25 de julho
Um rio que passa apresenta trinta e seis trabalhos inéditos, entre desenhos, pinturas e monotipias na maior parte em grande formato, um deles de 157 x 500 cm. Todos foram executados a partir do convite do diretor-superintendente Emilio Kalil, em dezembro do ano passado.

Haesbaert viveu quatro meses intensos no ateliê que tem em casa, produzindo, em média, uma obra por semana. Uma imersão para dar vazão ao sentimento e transformar os tempos de incertezas em arte. Para ele, “o tema tem a ver com o momento que estamos vivendo e, também, com o desabamento de estruturas antes consideradas sólidas e seus consequentes desajustes humanitários e ambientais. No conjunto de obras realizadas para esta exposição expresso meu pensamento sobre a tensão e a suspensão do tempo, paisagens urbanas em ruínas. Projeto imagens de uma Babel que explodiu, de um plano piloto em desconstrução, de uma torrente de água que inunda o cenário ausente de presença humana e de um trampolim à espera do salto e do mergulho de quem as contempla”.

Homenagem a Gelson Radaelli
Átrio da Fundação Iberê
Visitação: até 25 de julho
O artista Gelson Radaelli foi modelo do amigo Iberê Camargo por um único dia. Ele sempre prometia voltar para terminar a obra, mas o sucesso do seu restaurante Atelier das Massas, no centro histórico, lhe ocupava todo o tempo. Iberê faleceu e a pintura ficou inacabada, apenas com assinatura atrás, junto ao título: Gelson. Esta obra integra a pequena mostra que dialoga com a exposição Um rio que passa. Complementam a Homenagem a Gelson Radaelli outros três desenhos de Iberê e duas pinturas de Radaelli cedidas pela Galeria Bolsa de Arte.