Fundação Iberê promove oficina virtual de zine sobre o papel da arte

13.ago.20

Estão abertas as inscrições para a oficina “Zine – Qual o papel da arte?”. A atividade é voltada para todos os públicos a partir de 16 anos e os interessados devem se inscrever até o dia 21 de agosto (clique aqui para se inscrever). Os encontros, que ocorrem entre os dias 24 e 28 de agosto, visam um amplo debate e a construção de um inventário sobre o papel social da arte por meio do zine. O material será criado pelo Programa Educativo e disponibilizado para download nas redes sociais da Fundação.

“As possibilidades de resposta são infinitas e queremos ouvir os mais diversos públicos sobre a importância da arte em sua vida. Queremos ainda que, a partir do zine, o debate reverbere e seja visto como parte fundamental na formação de uma sociedade”, destaca Larissa Fauri, coordenadora do Programa Educativo da Fundação Iberê.

Zine como instrumento de manifestação independente
Os zines são revistinhas independentes inicialmente popularizada como um meio de divulgação de trabalhos artísticos, literários, musicais ou de qualquer cultura particular, de fãs para fãs. O primeiro foi publicada em 1929, nos Estados Unidos, para apresentar um trabalho de ficção científica. Com o tempo, passou a ser um meio mais autoral e expansivo, desde a divulgação de poesias, ilustrações e contos até manifestações sociais.

Hoje, eles são uma ferramenta eficiente de difusão de artistas independentes que têm total responsabilidade e participação na produção como um todo: desenham, tratam, montam, imprimem e distribuem. Muitas vezes, também, surgem zines coletivos, cujo resultado final é a diversidade de traços e ideias.

“Quem produz um zine quer criar meios de dialogar com manifestações sem espaço de circulação. Por meio de publicações independentes, o zineiro conhece, aprecia, apreende e faz parte de diferentes manifestações: ele cria um diálogo que anteriormente não existia. O intuito é ser o mais caseiro possível. Não existe certo ou errado, o importante é estar aberto à experimentação”, diz Larissa.

Na arte-educação, o exercício de produzir, fazer circular e ler zines amplia as possibilidades de reelaboração dos conhecimentos aprendidos de forma única e pessoal, na qual se pode usar os mais diversos recursos, tais como recortes de jornais e revistas, desenhos, textos digitados e manuscritos. As revoluções causadas pelos zines são internas, silenciosas, porém marcantes para todos os envolvidos: produtor e leitor.