sem título, 1992
grafite, nanquim e guache sobre papel
24 x 32,1 cm
Acervo Fundação Iberê
Tombo D0710
Foto © Fabio Del Re_VivaFoto
“O Grego tinha um ideal de beleza. Todo esforço, para ele, era plasmado numa imagem que contivesse purificação e beleza. Eu tenho esse impulso também, mas não no sentido da beleza. É no sentido de plasmar uma verdade, e que dói, porque as figuras que pinto, de certo modo, são grotescas na forma. Não são Vênus. Pinto nus, mulheres, mas na verdade ali é quase um animal comum só que ele contém essa espiritualidade, não digo satânica, mas é sofrida, de vida. Não há um ideal de uma beleza, mas o ideal de uma verdade pungente e sofrida que é minha vida, é tua vida, é nossa vida, nesse caminhar no mundo.”
LAGNADO, Lisette. Conversações com Iberê Camargo. São Paulo: Iluminuras, 1994. p. 28. (Fala de Iberê Camargo).