sem título, 1993
guache, nanquim e lápis Stabilotone sobre papel
25,1 x 35 cm
Acervo Fundação Iberê

Tombo D3200

Foto © Rômulo Fialdini

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“O Grego tinha um ideal de beleza. Todo esforço, para ele, era plasmado numa imagem que contivesse purificação e beleza. Eu tenho esse impulso também, mas não no sentido da beleza. É no sentido de plasmar uma verdade, e que dói, porque as figuras que pinto, de certo modo, são grotescas na forma. Não são Vênus. Pinto nus, mulheres, mas na verdade ali é quase um animal comum só que ele contém essa espiritualidade, não digo satânica, mas é sofrida, de vida. Não há um ideal de uma beleza, mas o ideal de uma verdade pungente e sofrida que é minha vida, é tua vida, é nossa vida, nesse caminhar no mundo.”

LAGNADO, Lisette. Conversações com Iberê Camargo. São Paulo: Iluminuras, 1994. p. 28. (Fala de Iberê Camargo).