“[…] Percebemos claramente aquilo que o artista relatou: ‘Eu colocava o carretel sobre uma mesa assim como faz um pintor de naturezas-mortas […]. Aí, então, tinha a mesa. Depois a mesa desapareceu, e o último resquício da mesa era apenas a linha horizontal. E, finalmente, desapareceram os carretéis.’ Não há mais, na Formação de carretéis, os vestígios da mesa, assim como também desapareceram totalmente os dos Carretéis em equilíbrio. O caminho em direção a uma libertação do rigor geométrico das formas anteriores vai se dissipando e, nas Figuras em movimento, Cartuchos e Gravura 4, observamos a libertação da formas no campo visual.”

GOMES, Paulo. Iberê e seu ateliê: as coisas, as pessoas e os lugares. Fundação Iberê Camargo: Porto Alegre, 2015. p. 44.