“[…] Seus diversos Objetos, Destroços e Gravura 5 são ainda carretéis, mas agora, por meio deles e em seu entorno, Iberê dedica-se a experiências com relevo. Com este, explora a matéria física em si, não em aspectos de sua simulação por meio de recursos gráficos. Matéria agora é o que é palpável ao toque. As gravuras fazem-se na ruptura, ao rasgar, perfurar a matriz. Algumas provas são impressas com pigmento branco acrescentado à tinta de impressão, incrementando, assim, a densidade pastosa da matéria da gravura. O caráter experimental do artista faz-se mais ousado ainda nesse período de expansão.

ZIELINSKY, Mônica. Iberê Camargo: catálogo raisonné. Cosac Naify: São Paulo, 2006. p. 96.

Quatro provas de artista numeradas foram impressas por Iberê Camargo em 1966, conforme consta no caderno de notas CA011. A tiragem completa de 110 exemplares e três outras provas de artista (não numeradas) foram impressas por Orlando Dasilva no seu ateliê do Rio de Janeiro, possivelmente em 1967 – data grafada nas cópias da edição numerada.
No caderno de notas de gravuras do artista (CA011) consta: “Chapa gravada para o álbum organizado por Orlando Dasilva. Esta chapa foi destruída”.
Esse álbum de gravuras foi realizado para a Gravura Arte Editora (GAE). Dele participaram, além de Iberê Camargo, Carlos Oswald, Edith Behring, Henrique Oswald, Eduardo Sued, Mário Gruber, Livio Abramo, José Barbosa e Ivan Serpa. O álbum acompanhou o livro De colecionismo, de Orlando Dasilva.
Possui outros dois títulos conhecidos, Dois carretéis, conforme tombo no acervo da Fundação Biblioteca Nacional, e Abstração, conforme tombo no acervo do Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE.