Natureza-morta 15, 1957
impressão póstuma, 2004
água-tinta (a pincel, crayon litográfico e processo do açúcar)
29,8 x 39,7 cm
Acervo Fundação Iberê

Tombo G341-1

Foto © Rômulo Fialdini

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“[…] A partir de então [de uma hérnia de disco que impede o artista de pintar ao ar livre], os temas de seus quadros são garrafas, frutas, púcaros e outros objetos que ele arruma sobre uma pequena mesa. Uma espécie de cenário pobre e restrito de onde terá que extrair o alimento de sua arte. Mas isso não o atemoriza; é antes um desafio que ele aceita. Giorgio Morandi não construiu toda uma obra magnífica pintando garrafas e vasos empoeirados também trancado em seu ateliê?
É aí, preso em um horizonte fechado, que Iberê inicia a lenta corrida para o grande salto que mudará radicalmente o rumo de sua obra.”

GULLAR, Ferreira; SALZSTEIN, Sônia (org.). Diálogos com Iberê Camargo. São Paulo: Cosac Naify, 2003. p. 15.