sem título, c.1942
óleo sobre tela
69,2 x 59 cm
Acervo Fundação Iberê

Tombo P012

Foto © Fundação Iberê

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“A paisagem urbana se desenvolve nesse mesmo momento através das vistas de Porto Alegre. Importante registrar que, vivendo em Porto Alegre, a inevitável convivência com a produção artística local (afinal, Porto Alegre era uma pequena cidade e o mundo artístico não era tão amplo assim…) lhe possibilitará a convivência com obras de paisagistas extremamente hábeis, que estão dando desenvolvimento à já longa tradição local de pintura de paisagem. A paisagem foi o gênero de eleição da modernidade local: uma tradição fundada por Pedro Weingärtner (1853-1929), ainda no início do século XX, com investimento consistente de Libindo Ferrás (1877-1951), Oscar Boeira (1883-1943) e Leopoldo Gotuzzo (1887-1983) nas décadas subsequentes. Essa tradição, que vai da paisagem rural dos seus fundadores, passa para a paisagem urbana, presente majoritariamente nas obras dos anos 1940, de artistas como Angelo Guido (1893–1969), Benito Manzon Castañeda (1885-1955), Luiz Maristany de Trias (1885-1964), Edgar Koetz (1914-1969), Gastão Hofstetter (1917-1986) e Carlos Alberto Petrucci (1919-2012), entre outros.”

GOMES, Paulo. Iberê e seu ateliê: as coisas, as pessoas e os lugares. Fundação Iberê Camargo: Porto Alegre, 2015. p. 118.