Palhaço, 1987
óleo sobre tela
57,2 x 40 cm
Acervo Fundação Iberê

Tombo P068

Foto © Fabio Del Re_VivaFoto

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O palhaço retratado por Iberê nessa pintura foi visto, provavelmente, no pequeno parque de diversões que integra o Parque da Redenção.

Personagem relacionado à alegria e diversão que recebe, por meio da interpretação irônica de Iberê, uma atmosfera sombria e grotesca.

“Minha contestação é feita de renúncia, de não participação, de não conivência, de não alinhamento com o que não considero ético e justo. Sou como aqueles que, desarmados, se deitam no meio da rua para impedir a passagem dos carros da morte. Essa forma de resistência, se praticada por todos, se constituiria em uma força irresistível. O drama, trago-o na alma. A minha pintura, sombria, dramática, suja, corresponde à verdade mais profunda que habita no íntimo de uma burguesia que cobre a miséria do dia a dia com o colorido das orgias e da alienação do povo. Não faço mortalha colorida.” (Iberê Camargo).