Tingimento natural com Kiri Miyazaki

22.abr.21

22 de abril de 1970: duas mil universidades, dez mil escolas primárias e secundárias e centenas de comunidades foram às ruas, nos Estados Unidos, para protestar contra a destruição da natureza. Nascia ali o primeiro Dia da Terra, que logo se espalharia mundo afora, para refletirmos sobre nossas responsabilidades diante dos recursos naturais e seu manejo.  

Em diálogo com a data, a Fundação Iberê disponibiliza um vídeo, gentilmente cedido pela Japan House São Paulo, com a design de moda Kiri Miyazaki, especialista em tingimento natural e em plantação de índigo japonês. Dela é possível extrair um pigmento azul que tinge tecido, madeira e alimentos. Kiri realiza todo o processo da germinação à extração do pigmento azul, uma técnica que exige paciência.

Depois de colocar as sementes em uma sementeira com terra, deixa por um mês dentro da estufa e, só então, transplanta para o chão. Então surge a folha de onde você tira o pigmento azul. A partir deste momento de colheita, ela entra num processo de fermentação de 120 dias. O material orgânico que resulta se chama Sukumo e é o índigo fermentado pronto para fazer a mistura do tingimento. 

“Tudo influencia na plantação do índigo. Clima e solo principalmente, por isso tive muita ajuda de pessoas da agronomia, já que eu não dominava esses detalhes. Hoje faço todo o processo em casa e estou a procura de um espaço maior”, diz a design.

Mais informações no site oficial de Kiri Miyazaki.