Um rio que passa na Fundação Iberê

23.abr.21
Foto: Marta Biavaschi.

 

“Todo artista deveria ser como um rio com suas águas que se renovam sempre”. Esta é uma das frases de Iberê Camargo que mais marcou a trajetória de Eduardo Haesbaert ao lado do artista e que inspirou a produção para a sua primeira exposição individual na Fundação Iberê.

“Um rio que passa” apresenta trinta e seis trabalhos inéditos, entre desenhos, pinturas e monotipias na maior parte em grande formato, um deles de 157 x 500 cm. Todos foram executados a partir do convite do diretor-superintendente Emilio Kalil, em dezembro do ano passado.

Haesbaert viveu quatro meses intensos no ateliê que tem em casa, produzindo, em média, uma obra por semana. Uma imersão para dar vazão ao sentimento e transformar os tempos de incertezas em arte. Para ele, “o tema tem a ver com o momento que estamos vivendo e, também, com o desabamento de estruturas antes consideradas sólidas e seus consequentes desajustes humanitários e ambientais. No conjunto de obras realizadas para esta exposição expresso meu pensamento sobre a tensão e a suspensão do tempo, paisagens urbanas em ruínas. Projeto imagens de uma Babel que explodiu, de um plano piloto em desconstrução, de uma torrente de água que inunda o cenário ausente de presença humana e de um trampolim à espera do salto e do mergulho de quem as contempla”.

 

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