José Gamarra – Antologia

Organização

Enrique Aguerre, Heber Perdigón e Gustavo Possamai

05.ago

22.out.23

A exposição José Gamarra – Antologia, originalmente apresentada no Museu Nacional de Artes Visuais do Uruguai (MNAV), oferece um panorama de quase oito décadas da carreira de um dos mais importantes artistas nascidos na nação vizinha, referência incontornável nas artes plásticas, não apenas no seu país de origem, mas além das suas fronteiras. 

Gamarra foi aluno de Iberê Camargo no Instituto de Belas Artes do Rio de Janeiro em 1959 e, graças ao apoio que recebeu do mestre, foi nomeado professor de pintura na FAAP/Fundação Armando Álvares Penteado, em São Paulo. Sua obra desenvolveu-se principalmente na França, onde se estabeleceu definitivamente em 1963, e onde iniciou a produção de suas paisagens da selva amazônica. 

Esta mostra, de caráter antológico, abrange seus principais períodos criativos, que se iniciam com os seus desenhos e pinturas precoces, criados na infância e juventude, atravessam a abstração de seus signos até chegarem às suas sempre reveladoras e surpreendentes selvas.  

As pinturas de Gamarra possuem raízes profundas na história da América Latina e, segundo o próprio artista, podem ser interpretadas como uma espécie de crônica. Suas selvas têm sido visitadas por novos conquistadores que, com seus lança-chamas, apagam o arco-íris e substituem o majestoso condor por helicópteros. “Dupla agressão, contra homens e contra a natureza”, afirma o artista. 

Assim, a política está sempre presente em sua obra, abordando temas como a guerra, a agressão à natureza, a condição dos indígenas, o passado, o presente e o destino da América Latina. 

Não se pode compreender a história da arte produzida no Uruguai sem a contribuição do mestre José Gamarra – opinião esta, unanimemente aceita. 

Minidocumentário sobre a exposição:

 

Imagem: José Gamarra. Mimetismo, 1982. Coleção MNAV. Foto © Pablo Bielli / MNAV

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Catálogo_exposição José Gamarra – Antologia
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